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Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 22(4): 1414-1435, dez. 2022.
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS | ID: biblio-1428522

RESUMO

No escopo de uma pesquisa de abrangência nacional sobre práticas sexuais e gestão de risco, nos chamou atenção, na procura por materiais de mídia relacionando sexo e sexualidades com a pandemia de Covid-19, a presença majoritária de um grupo de "especialistas" ligados ao campo heterogêneo da Sexologia, tais como psicólogas, psiquiatras, urologistas, sexólogas, educadoras sexuais, associadas/os aos infectologistas. Por meio da pesquisa de palavras-chave, via buscador do Google, inventariamos um número de 44 matérias oriundas de sites de grupos jornalísticos grandes e alternativos, bem como de clínicas, associações profissionais e blogs particulares, publicadas entre março de 2020 a julho de 2021. Dessas, concentramos nossa análise em 30 matérias correspondentes àquelas veiculadas pelos grupos jornalísticos grandes e alternativos. A leitura realizada foi inspirada pela problemática da produção de objetos via práticas enunciativas e materiais, mediante as quais associações entre elementos diversos, perguntas e respostas explicitadas vão estabilizando não só os sentidos, mas os próprios objetos em disputa, no caso aqui observado, as práticas sexuais. Ao final de nosso estudo, percebeu-se que o sexo e a sexualidade produzidos pelos "especialistas" através dos canais de mídia tendem à generalização dos corpos e a descontextualização das práticas.


In the scope of a nationwide survey on sexual practices and risk management, what caught our attention, in the search for media materials relating sex and sexualities to the Covid-19 pandemic, the majority presence of a group of "specialists" linked to the heterogeneous field of Sexology, such as psychologists, psychiatrists, urologists, sexologists, sex educators, associated with infectologists. Through keyword research, via google search, we inventoried a number of 44 articles from large and alternative journalistic groups websites, as well as clinics, professional associations and private blogs, published between March 2020 and July 2021. From these, we focused our analysis on 30 articles corresponding to those published by large and alternative journalistic groups. The reading performed was inspired by the problematic of the production of objects via enunciative and material practices, through which associations between different elements, questions and explicit answers, stabilize not only the senses, but the objects in dispute, in the case observed here, sexual practices. At the end of our study, it was noticed that the sex and sexuality produced by the "specialists" through the media channels tends to the generalization of bodies and the decontextualization of practices.


En el ámbito de una encuesta a nivel nacional sobre prácticas sexuales y gestión de riesgos, lo que llamó nuestra atención, en la búsqueda de materiales mediáticos que relacionan el sexo con la pandemia de la Covid-19, destaca la presencia mayoritaria de un grupo de especialistas vinculados al heterogéneo campo de la Sexología, como psicólogos, psiquiatras, urólogos, sexólogos, y otra. A través de una investigación de palabras clave, a través de una búsqueda en Google, inventariamos una serie de 44 artículos de sitios web de grupos periodísticos grandes y alternativos, así como clínicas, asociaciones profesionales y blogs privados, publicados entre marzo de 2020 y julio de 2021. Enfocamos nuestro análisis en 30 artículos publicados por grandes y alternativos grupos periodísticos. La lectura realizada se inspiró en el problema de la producción de objetos a través de prácticas enunciativas y materiales, a través de las cuales asociaciones entre diferentes elementos, preguntas y respuestas explícitas, estabilizan no sólo los sentidos, sino los objetos en disputa, en el caso, prácticas sexuales. Al final de nuestro estudio, se percibió que el sexo y la sexualidad producidos por los especialistas tienden a la generalización de los cuerpos ya la descontextualización de las prácticas.


Assuntos
Humanos , Meios de Comunicação , Sexualidade , Sexologia , COVID-19 , Internet , Jornalismo
2.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (38): e22306, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1390437

RESUMO

Resumo A categoria "criança trans" passou a aparecer com mais recorrência em manuais diagnósticos ao longo dos últimos oito anos. Embora a transexualidade antes fosse entendida como uma questão geral, possível de ser encontrada em diferentes etapas da vida, essa identidade passou a ser descrita enquanto um gênero específico para meninos e meninas. Assim, a transexualidade "na" infância converteu-se em uma transexualidade "da" infância, deslocamento responsável por produzir efeitos expressivos. Ao passo que a criança trans era registrada na literatura médica como um sujeito que demandava tratamentos em saúde mental, esse movimento fez com que fossem fabricadas determinadas fronteiras entre infância e adultez. A proposta deste artigo é perseguir alguns caminhos que demonstram como a estratificação etária da transexualidade recorreu a um engessamento do gênero.


Abstract The category "trans children" has appeared more frequently in diagnostic manuals over the past eight years. Although transsexuality was once understood as a general issue that could be found at different stages of life, this identity has come to be described as a gender specifically for boys and girls. Thus, transsexuality "in" childhood was understood as being "of" childhood, displacement responsible for producing expressive effects. While the trans child was recorded in the medical literature as a subject that required mental health treatments, this movement led to the establishment of certain boundaries between childhood and adulthood. This article's purpose is to follow some paths that illustrate how age stratification of transsexuality resorted to gender crystallization.


Resumen La categoría "niño trans" empezó a aparecer de forma recurrente en los manuales diagnósticos a lo largo de los últimos ocho años. Aunque la transexualidad fuera entendida como una cuestión general, posible de ser encontrada en diferentes etapas de la vida, esta identidad pasó a ser descrita como un género específico para niños y niñas. De esta manera, la transexualidad "en" la niñez fue entendida como transexualidad "de" la niñez, desplazamiento responsable por producir efectos expresivos. A la vez que el niño trans fue registrado en la literatura médica como un sujeto que demandaba tratamiento para la salud mental, este movimiento fabricó determinadas fronteras entre la niñez y la adultez. La proposta del presente artículo es perseguir algunos caminos que ilustran cómo la estratificación por edad recurrió a un retesamiento del género.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Transexualidade/diagnóstico , Pessoas Transgênero , Disforia de Gênero , Transtornos Mentais
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